As mais de seis milhões de doses de vacinas contra a covid-19 já administradas em Portugal traduziram-se em cerca de 1.000 reinfeções com o vírus SARS-CoV-2 e em cinco mortes, adiantou hoje o Governo.
Numa intervenção na Assembleia da República, na sequência de uma interpelação do CDS-PP ao Governo sobre a gestão da pandemia pós-estado de emergência, o secretário de Estado Adjunto da Saúde reconheceu que o tema é uma “preocupação”, mas fez questão de relativizar o impacto desses números no quadro da pandemia a nível nacional.
“Temos cerca de 1.000 infetados e cerca de cinco mortes em 6,6 milhões de pessoas vacinadas. Diria que o número de infetados é menos de 0,1% e em número de mortes é menos de 0,08%. São números ínfimos. De qualquer forma, todos os números nos preocupam e, garantidamente, estamos a monitorizar juntamente com a Direção-Geral da Saúde e sempre preocupados, porque uma vida é uma vida”, disse António Lacerda Sales.
Sobre a vacinação, o governante revelou as variações regionais, afirmando que o Norte regista 41% da primeira dose e 27% de segunda dose; o Centro apresenta 48% e 29% de primeira e segunda dose; Lisboa e Vale do Tejo (LVT) tem 41% da população com primeira dose e 20% com segunda dose; o Alentejo está nos 50% com primeira dose e 30% com segunda dose; e, finalmente, o Algarve tem 38% com primeira dose e 24% com vacinação completa.
“Estamos a fazer um esforço no sentido de dar uma equidade cada vez maior às diferentes regiões, sendo que os números são ainda assim muito similares e as evoluções epidemiológicas são diferentes e isso é algo a que temos de estar atentos”, acrescentou.
A capacidade de testagem foi também alvo de críticas por parte da oposição, mas Lacerda Sales realçou a realização até ao momento de “mais de 12 milhões de testes” e a atuação de 162 laboratórios distribuídos pelo país, sem deixar de frisar que o governo está a “reforçar a testagem, nomeadamente em algumas regiões em que a situação epidemiológica assim o exige, como é o caso da região de LVT”.
Ainda em relação à situação epidemiológica na área metropolitana de Lisboa, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde sinalizou a existência de uma “tendência crescente desde o início de maio”, mas rejeitou alarmismos.
“Esta é uma situação que nos preocupa e que deve ser encarada como um sinal de alerta, não de alarme. Sabemos que a densidade populacional e os movimentos de pendulares são, de facto, muito maiores e fazem com que essa dispersão seja muito maior. Portanto, temos de atuar de forma articulada, proativa e preventiva”, disse, destacando a este propósito a medida de proibição de circulação de e para a área metropolitana de Lisboa neste fim de semana.
Lusa
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