O número de desempregados inscritos nos centros de emprego recuou em agosto 10% em termos homólogos e 0,1% face a julho, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
De acordo com o IEFP, no fim de agosto, estavam registados nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas 368.404 desempregados, um número que representa 67,4% de um total de 546.633 pedidos de emprego.
O total de desempregados registados no país foi inferior ao verificado no mesmo mês de 2020 (-40.927 pessoas, o equivalente a uma quebra de 10%) e também inferior face ao mês anterior (-300 desempregados, uma queda de 0,1%).
Segundo o INE, para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2020, na variação absoluta, contribuiu o grupo dos que estão inscritos há menos de um ano (com menos 77.388 desempregados) e, em sentido inverso, constata-se um aumento no desemprego dos indivíduos que permanecem inscritos há um ano e mais (com mais 36.461).
A nível regional, no mês de agosto de 2021, o desemprego registado no país, em termos homólogos, diminuiu em todas as regiões, com destaque para as regiões do Algarve (-19,9%) e do Alentejo (-18,8%).
Em relação ao mês anterior, foram as regiões do Algarve e da Madeira que registaram decréscimos mais significativos no desemprego registado, respetivamente, quebras de 8,7% e de 6,7%.
No que respeita à atividade económica de origem do desemprego, segundo o INE, dos 313.791 desempregados que, no final do mês de agosto, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, 73,6% tinham trabalhado em atividades do setor dos serviços, com destaque para as atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (que representam 30,7% do total) e 19,8% eram provenientes do setor secundário, com particular relevo para a construção.
Ao setor agrícola pertenciam 3,9% dos desempregados.
O desemprego diminuiu assim, face ao mês homólogo de 2020, em todos os grandes setores: no agrícola (-9,0%), no secundário (-16,5%) e no terciário (-10,6%), sinaliza.
Numa nota sobre os números divulgados hoje pelo IEFP, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) destaca que é a primeira vez, desde 2006, em que não se regista uma subida do desemprego registado de julho para agosto.
“Este é também o quinto mês consecutivo de redução de desemprego registado no IEFP”, sinaliza.
As ofertas captadas aumentaram 20,5% face a agosto de 2020, para 11.048 ofertas, e a taxa de cobertura das prestações de desemprego é de 62,8%, o que compara com 56,3% no mês homólogo de 2020, refere o MTSSS.
A taxa de cobertura de medidas ativas de emprego, por sua vez, é de 22,4%, o que compara com 16,3% em agosto de 2020.
Nos jovens, acrescenta, a taxa de cobertura das medidas ativas é de 35,9%, o que compara com 25,4% no mês homólogo.
Lusa
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