As autoridades de saúde contabilizam 53 surtos ativos de infeção pelo SARS-CoV-2 em lares de idosos, com um surto em Proença-a-Nova a suscitar maior atenção por parte da União das Misericórdias Portuguesas.
De acordo com números disponibilizados à agência Lusa pela Direção-Geral da Saúde, os 53 surtos ativos, em números atualizados na segunda-feira, envolviam 829 casos de infeção diagnosticados.
Por administração regional de saúde, era em Lisboa e Vale do Tejo que se contavam mais surtos (25) e pessoas infetadas (270). No Norte havia 10 surtos e 247 pessoas infetadas, no Alentejo oito surtos e 68 infeções, no Centro seis surtos e 138 infetados e no Algarve quatro surtos e 106 pessoas infetadas.
O presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, disse à agência Lusa que o surto no lar da Santa Casa de Proença-a-Nova, com 127 casos ativos (22 trabalhadores e 105 utentes diagnosticados com o vírus), é o que suscita mais atenção, mas que “a situação está controlada”.
Uma utente do lar morreu na quarta-feira, mas tratava-se de uma pessoa que “já estava muito debilitada há alguns dias”, adiantou.
Manuel Lemos indicou que as pessoas infetadas foram “das primeiras a serem vacinadas, há mais tempo” e sugeriu que se deveria pensar em “testes à imunidade” nos lares e que uma terceira dose das vacinas poderia ser uma das hipóteses estudadas pelas autoridades, como França decidiu fazer, com o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, a anunciar uma campanha de terceiras doses dirigidas aos “mais frágeis e mais velhos”.
“Não sei se é assim mesmo, falo como cidadão, não como médico. A palavra aos investigadores. Com certeza que continuaremos a acompanhar a situação, mas com calma, porque estes surtos não têm a dimensão” do que se verificou em fevereiro, quando chegou a haver 12.000 casos ativos em lares, também de acordo com dados da DGS.
A pandemia de covid-19 fez pelo menos 4.247.424 mortos em todo o mundo, entre mais de 200,1 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, desde que a OMS detetou a doença na China em finais de dezembro de 2019, segundo o balanço da AFP com base em dados oficiais.
Lusa
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