A ACRAL vê com preocupação o facto de o estudo da Infraestruturas de Portugal sobre o impacto da redução do preço das portagens nas ex-SCUT ter como caso-base uma diminuição de apenas 15%.
“Isso pode indiciar vontade política de só reduzir 15%”, alerta o presidente da ACRAL. Se for essa a decisão, acrescenta Álvaro Viegas, “a ACRAL está frontalmente contra: porque isso representa o incumprimento de um compromisso com o Algarve – o de haver um corte de 50% - e é, ao mesmo tempo, uma redução manifestamente insuficiente”, salienta.
A ACRAL defende uma “redução faseada de, no mínimo, 25% agora, chegando gradualmente aos 50%, conforme foi prometido”.
O dirigente associativo nota ainda que, de acordo com o mesmo estudo da Infraestruturas de Portugal, uma descida do preço das portagens de 35% continuaria a ser benéfica para os cofres do Estado.
Assim sendo, sublinha Álvaro Viegas, “não se compreende que as reduções não estejam ainda em vigor e também não se compreenderá se vier a ser aplicado uma diminuição inferior a esse valor ou de pelo menos 25%, como propomos”.
“Preocupante”, considera o presidente da ACRAL, “é estarmos a entrar nos dois meses de pico de Verão e não se vislumbrar nenhuma decisão: isto é prejudicial para os utentes da Via do Infante, para o turismo, comércio, para as empresas, para o Algarve, para a economia e, como se vê, inclusivamente para as receitas do próprio Estado”.
O apelo da ACRAL, sublinha Álvaro Viegas, “é que o Governo, rapidamente e definitivamente, cumpra com o compromisso com os algarvios e que rapidamente aplique uma redução do valor das portagens não inferior, numa primeira fase, a 25%”.
Segundo o estudo da Infraestruturas de Portugal, encomendado pelo anterior Governo, uma descida de 15% dos preços nas antigas SCUT aumentaria a receita global do Estado em quase 22 milhões de euros. Os ganhos em receitas com portagens seria especialmente grande na Via do Infante: com uma redução de 15%, renderia mais de cinco milhões de euros.
Juntando os valores estimados para as sete autoestradas avaliadas, em todas as hipóteses estudadas, o Estado ficaria a ganhar dinheiro se descesse os preços, mesmo se esta descida chegasse aos 35%.
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