Portugal regista 38 casos da sublinhagem da variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2 que tem aumentado no Reino Unido, mantendo a sua maior circulação no Algarve, onde foram detetados 25 casos, indica informação divulgada hoje pelo INSA.
De acordo com o relatório semanal da diversidade genética do SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, elaborado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), verificou-se um aumento da circulação desta sublinhagem em Portugal a partir da semana 42 (18 a 24 de outubro), revelando uma frequência relativa tendencialmente crescente de 1,8% (semana 42) até 2,9% na semana 44 (1 a 7 de novembro, valor provisório).
No total, foram detetados até à data 38 casos associados a esta sublinhagem que tem suscitado particular interesse na comunidade científica internacional devido à sua crescente prevalência no Reino Unido.
O INSA adianta que nas semanas 42 e 43 (entre 18 e 31 de outubro) registou-se uma frequência relativa de 100% e 99,8%, respetivamente, para a variante Delta, originalmente detetada na Índia e considerada mais transmissível.
Na semana de 1 a 7 de novembro, apesar da variante Delta apresentar uma frequência relativa de 100%, este valor é provisório pois os dados ainda estão a ser apurados, ressalva o relatório.
A única sequência “não-Delta” detetada na semana de 18 a 31 de outubro refere-se a um caso, detetado na Região Norte, associado à variante ‘Mu’, “com grande expansão na Colômbia”.
As 11.442 sequências Delta analisadas em Portugal até à data dividem-se em quase 100 sublinhagens, em resultado da recente atualização da nomenclatura, que permitiu “uma maior discriminação das sequências analisadas”, refere o relatório do INSA.
“Desta monitorização contínua destaca-se a atual circulação de diversas sublinhagens da variante Delta em Portugal, sendo que 27 destas foram detetadas consecutivamente nas últimas três semanas ou na atual semana em análise”, adianta.
O relatório refere ainda que não foi detetado qualquer caso associado à variante Gamma, originalmente detetada em Manaus, Brasil, desde a semana 37 (13 a 19 de setembro), situação semelhante à variante Beta, originária na África do Sul, que não é detetada desde a semana 29 (19 a 25 de julho).
O INSA desenvolve desde abril de 2020 o “Estudo da diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 (Covid-19) em Portugal”, que visa identificar e monitorizar cadeias de transmissão, bem como identificar novas introduções do vírus em Portugal.
Até à data, foram analisadas 20.923 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições do país, representando 303 concelhos de Portugal.
Lusa
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