Candidatura a Capital Europeia da Cultura em 2027 motiva decisões políticas de relevo. Propostas foram aprovadas em reunião de câmara
Afirmar a intenção política de, na próxima década, alocar 10 por cento do orçamento anual municipal para o setor cultural e criativo. Esta foi uma das principais decisões aprovadas por unanimidade na reunião de Câmara da passada terça-feira, dia 2 de novembro.
Ao assumir este compromisso político, o executivo autárquico assume a importância da cultura como fator central de desenvolvimento da cidade e do concelho. Outra das decisões tomadas prende-se com o processo que será desencadeado no sentido de reformular os formatos de apoio ao setor cultural e associativo. Assim, a Autarquia vai dar início à revisão dos formatos de apoio ao associativismo e, entre outras novidades, irá incluir a possibilidade de atribuição de apoios financeiros com uma periodicidade bianual ou até trianual.
Com esta decisão, a autarquia procura aumentar os níveis de estabilidade de entidades culturais ligadas à criação artística, potenciando também uma maior independência das mesmas.
Esta decisão assume particular relevo por ser pouco usual, ou eventualmente inédita, no panorama nacional, na medida em que, por norma, este tipo de apoios são de base anual.
Na reunião de câmara, já com o novo executivo autárquico, foi ainda reafirmada a intenção de apresentação da candidatura de Faro a Capital Europeia da Cultura, o que motiva a decisão de alocar um conjunto de verbas para apoiar custos operacionais e de capital no âmbito do projeto.
Motivado por esta candidatura, Faro dá assim um passo histórico que coloca o Município na vanguarda das políticas públicas culturais a nível nacional.
Para o Presidente da Câmara Municipal, Rogério Bacalhau, as decisões agora tomadas “concretizam um conjunto de aspirações que têm vindo a a ser promovidas ao longo de todo o processo da candidatura”. “Sempre dissemos desde o início que mais importante do que o resultado, é o processo e a marca que deixa, e com esta decisão, estamos a mostrar que existe um caminho de não retorno”, refere o autarca, acrescentando que “a cultura e a criatividade são das áreas em maior expansão na Europa, sendo um setor que representa quase 4 por cento do PIB europeu e que emprega quase 9 milhões de pessoas”.
“Queremos que Faro olhe para o seu futuro procurando desenvolver-se em torno do respeito pela natureza e pela paisagem, potenciando o conhecimento gerado pela universidade e aliando as novas dinâmicas tecnológicas. Nessa perspetiva, a cultura deve assumir-se como um agregador. Queremos que Faro seja cada vez mais um espaço bom para viver, estudar, trabalhar e investir”, conclui o Presidente da Câmara Municipal de Faro.
Câmara Municipal de Faro
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